18.11.09

Suede marca presença nas homenagens da Quarta-Rock


A garotada inglesa do início da década de 90 buscava por um rock mais solto, dançante e polido, talvez como uma resposta ao grunge americano. Entre os inúmeros grupos surgidos daquela cena batizada como Britpop, o Suede foi um dos nomes que ganhou projeção. Bebiam em duas fontes notáveis: o glam rock de David Bowie e o pop de rara sensibilidade de The Smiths. As influências não ficavam limitadas apenas à musica: o vocalista Brett Anderson era uma figura de destaque da cena, não apenas pela voz e presença, mas também pelas controvérsias causadas por sua ambigüidade sexual.


Anderson montou o Suede com o colega de colégio Mat Osmar (baixista) em 1989. Neste período embrionário, passou pela banda Justine Frischmann, que era namorada do vocalista, e deixou o grupo para formar o Elastica. Episódio que ocorreu antes do estrelato, em 1992 – ano de lançamento dos primeiros singles, que despertaram a atenção da revista Melody Maker, que a elegeu como melhor nova banda inglesa.


O primeiro álbum chegou no ano seguinte de forma meteórica, estreando no topo da parada britânica. Até então nenhum artista havia conseguido este feito tão rápido como o Suede. Os hits “Metal Mickey”, “Animal Nitrate” e “So Young” eram uma verdadeira sensação na terra da Rainha. Entretanto, a banda tinha dificuldades para emplacar nos EUA. Por conta desta barreira, o grupo não acompanhou o estouro mundial do britpop, ficando limitados a sua aldeia e mercados receptivos como Japão e Canadá.


A carreira do Suede seguia o estilo montanha russa. Passaram por uma sequencia de instabilidades, até que uma boa onda chegou em 1996, graças ao álbum “Coming Up”, que os trouxe de volta às paradas, especialmente por conta do delicioso hit “Beautiful Ones”. Aproveitaram o bom momento para lançar a coletânea de singles “Sci-Fi Lullabies”. Sem segurar a onda nos discos seguintes, concluíram que era hora de mudar. Em 2003, decidiram pôr fim ao grupo de forma amigável para se dedicarem a trabalhos particulares. O comunicado à imprensa terminava com a espirituosa e simpática frase “Se You In The Next Life”, que se tornou título da coletânea lançada um ano depois.

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