21.11.06

Autobahn

Por Bertrand Morane




O Autobahn toca com urgência. Esta frase, do Rafael Martins (Wandula, Constanza, Excelsior, etc...) foi, para mim, a melhor explicação do que era e como se comportava o Autobahn, não apenas nos shows, mas nos ensaios e na gravação do CD.

Formado por Cristian Dieterich (letras, voz e guitarra), Claudinha Bukowski (bateria e voz), Luli Franco (guitarra e baixo) e por mim, Bertrand Morane (baixo e teclado), o Autobahn praticamente começou com um fim determinado: não se sabia quando, mas o Cristian em algum momento iria sair de Curitiba. Começa aí, na minha opinião, o princípio de urgência.

Urgência nos ensaios. A cada dia surgiam novas músicas. Era preciso tê-las para, aí sim, existir um show completo. Urgência na gravação do CD: dois dias no James gravando os instrumentos por 18 horas seguidas, mais dois ou três dias para a voz, e pronto para a masterização! Um CD gravado com urgência, mas com preocupação quanto à sonoridade.

O primeiro show do Autobahn definiu o idioma oficial da banda: com poucas músicas, tínhamos letras em inglês e em alemão. A resposta para as músicas na língua germânica pareceu muito mais forte, então optamos por fazer todas as letras em alemão.

Aliás, um motivo de orgulho era notar que, a cada show, mais pessoas cantavam coisas do tipo “kenne ich!”, “lass mich”, “nein”, além do clássico “Hey!”, mesmo com a barreira do idioma. Aprenda alemão cantando.

O CD já está pronto, falta apenas a finalização da arte para a capa e para o encarte. São oito músicas marcadas por linhas de baixo e bateria densas e usualmente dançantes; duas guitarras criativas, letras cantadas em alemão e estruturas rítmicas secas, com muita quebra e variação de velocidade. O Autobahn é uma banda que gera estranheza no primeiro momento em que se escuta, isso provavelmente não mudará nas vezes seguintes, mas sempre faz querer escutar mais.

O lançamento do CD será no James, com data a definir.
Enquanto isso:Autobahn

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